A empresa de consumer health Haleon, dona das marcas Eno, Centrum, Advil, Sensodyne, Corega, CataflamPRO, inicia 2023 com a implementação da licença parental. A partir deste ano, seus mais de 22 mil funcionários globalmente terão direito a seis meses de dispensa remunerada, incluindo pais e mães com filhos biológicos, adotivos ou gerados por reprodução assistida. A Haleon foi lançada no ano passado como uma organização independente, completando sua separação da farmacêutica GSK.

 

Atualmente, a lei brasileira prevê, por exemplo, entre cinco e 20 dias corridos de licença paternidade remunerada a partir do primeiro dia útil após do nascimento da criança. Já para as mães, são 120 dias, podendo aumentar para 180. Porém, um levantamento realizado pelo Peterson Institute for International Economics aponta que a licença parental igualitária é capaz de aumentar a participação das mulheres em cargos de liderança. Apesar disso, segundo o site de classificados de empregos Catho, somente 7,5% das vagas da plataforma possuem esse benefício.

 

Marta Martins, diretora do RH para a América Latina da Haleon, diz que a licença parental com foco nas diferentes estruturas familiares dos funcionários. “Queremos que eles tenham controle de suas próprias histórias de vida, centradas pela saúde e humanidade. A iniciativa equipara as relações dentro e fora do ambiente profissional e tem impacto positivo no mercado e na sociedade", opina a executiva.

 

Para o presidente da empresa no Brasil, Yanir Karp, essa política é uma das mais progressistas da atualidade. “Ela reflete o compromisso da Haleon em dar oportunidades iguais para todos, promovendo um ambiente inclusivo, pilar fundamental da nossa estratégia de diversidade, equidade e inclusão.”

 

Benefícios como a licença de seis meses e a política do modelo híbrido de trabalho são algumas das ações adotada pela Haleon que permitem aos funcionários mais tempo com a família. “Queremos construir cada vez mais uma empresa onde as pessoas sintam que têm apoio para enfrentar as demandas profissionais e familiares com inclusão, diversidade e equidade de gênero”, completa Yanir.

 

A licença parental de seis meses começou a valer em 1º de janeiro. Um dos primeiros colaboradores a usufruir do benefício no Brasil é Otávio Ferraz, gerente da categoria de Bem-Estar. Na visão dele, a iniciativa valoriza o papel do pai na criação de uma criança, tirando a responsabilidade maior dos ombros da mãe, que normalmente tem um tempo mais longo de licença. “O benefício também traz mais igualdade no ambiente profissional e equipara ainda mais homens e mulheres no mundo corporativo".

 

Para Idevane Bides, gerente de Trade Marketing, casado há 13 anos e em processo de adoção com o seu marido, a visão não é diferente. "A empresa está possibilitando que eu esteja completamente focado nessa vida que vamos acolher, para gerarmos laços e criarmos vínculos logo do início", avalia o profissional.

 

 

 

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