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Diversidade & Inclusão

24/06/2024 - 15h31

Universitários desenvolvem o Dicionário Aurélia para combater assédio contra mulheres no ambiente de trabalho

Bropropriating e gaslighting são alguns dos termos abordados no guia produzido por eles

 

 

Se depender das próximas gerações a entrar no mundo corporativo, algumas das questões relacionadas a atitudes misóginas estão com os dias contatos. Um bom exemplo disso vem de um grupo de estudantes dos cursos de Comunicação e Design da Universidade Positivo (UP), que desenvolveu um projeto para combater e conscientizar sobre o assédio sofrido pelas mulheres no ambiente de trabalho. Alinhado ao ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) número 5 da ONU, que fala sobre Igualdade de Gênero, os universitários desenvolveram o Dicionário Aurélia - Entendeu ou quer que eu desenhe?, que explica termos machistas que as mulheres ouvem diariamente.

 

O projeto nasceu a partir de uma pesquisa sobre assédio feita com mulheres. O levantamento revelou a gravidade do problema do assédio no mercado de trabalho, o que motivou os estudantes a criarem um material de conscientização. “Além da explicação dos termos, o dicionário traz exemplos no formato de tirinhas, a fim de facilitar o entendimento do que cada uma das expressões significa”, explica a coordenadora dos cursos de Design Visual e Design de Moda da UP, Gabriela Vargas.

 

Além de termos já mais difundidos na sociedade, como mansplaining (quando um homem explica algo de forma condescendente para a mulher, geralmente um assunto sobre o qual ela tem propriedade), o dicionário traz também termos menos conhecidos, como o bropropriating (quando um homem rouba a ideia de uma mulher e a divulga como se fosse sua), que são situações que as mulheres encaram frequentemente nos ambientes corporativos.

 

Os termos foram escolhidos por meio da pesquisa realizada com as mulheres e por estudos. “Com as respostas que levantamos, percebemos quais são os comportamentos mais frequentes no mercado de trabalho em relação ao preconceito contra as mulheres”, explica Giselly Inocente, estudante do curso de Publicidade e Propaganda da UP e aluna líder do projeto.

 

Além de disponível para download Dicionário Aurélia também tem uma página no Instagram, onde todos os estudantes envolvidos no projeto mostram mais detalhes por trás do desenvolvimento do guia.

 

 

Foto: Shutterstock