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Diversidade & Inclusão

27/06/2024 - 12h18

Apenas três em cada dez profissionais brasileiros acreditam que seu ambiente de trabalho é inclusivo

Apesar disso, o país está à frente das médias global e latino-americana, aponta pesquisa da Michael Page

 

 

Três em cada dez profissionais brasileiros consideram inclusivo o ambiente de trabalho em que estão inseridos. É o que aponta o estudo global Talent Trends 2024, da Michael Page, consultoria especializada em recrutamento de executivos, do PageGroup. Segundo a pesquisa, 32% dos respondentes do Brasil enxergam a inclusão em suas organizações atuais, ficando à frente das médias global (26%) e da América Latina (28%).

 

Os entrevistados brasileiros lideram o ranking dos profissionais que sentem que podem ser autênticos no trabalho (42%), à frente dos indicadores globais (35%) e da América Latina (40%).

 

Por outro lado, o Brasil também está à frente no número de profissionais que já sofreram etarismo. Segundo o levantamento, 46% foram discriminados pela idade, mesmo percentual identificado na América Latina. Já no cenário global o índice é de 44%.

 

O levantamento também procurou entender o cenário de denúncias de discriminações no ambiente de trabalho. Quem mais denuncia os casos são os profissionais do México (28%), seguidos por Chile (23%), Brasil (20%) e Peru (12%).  A média na América Latina ficou em 23%. 

 

"As empresas devem priorizar a criação de um ambiente inclusivo, em que todos os colaboradores se sintam valorizados e possam ser autênticos no trabalho. Implementar políticas claras e eficazes de diversidade, equidade e inclusão é o primeiro passo para promover uma cultura aberta, com confiança e respeito, deixando os profissionais seguros para opinarem sobre o tema e denunciarem qualquer forma de discriminação", conclui Isabel.

 

A pesquisa Talent Trends 2024 foi realizada em novembro e dezembro de 2023, em 37 países, com a participação de aproximadamente 50 mil profissionais em todo o mundo.

"As recentes mudanças no mercado de trabalho, como a adesão ao modelo híbrido e a participação de até cinco geração diferentes em uma mesma empresa, tornaram ainda mais complexa a tarefa das organizações de implementarem diversidade e inclusão em suas rotinas”, avalia Isabel Pires, gerente executiva da Michael Page.

 

Tantos os profissionais como os empregadores, prossegue ela, têm de lidar diariamente com expectativas cada vez mais variadas para evitarem conflitos entre grupos que necessitam de e esperam um olhar mais atento das companhias.

 

“Sabemos que o número de profissionais que se sentem incluídos ainda é baixo, então, ainda temos um grande caminho para percorrer não só no Brasil, mas regionalmente e globalmente", finaliza a executiva.

 

 

Foto: Shutterstock