A UniZumbi (Universidade Zumbi dos Palmares) lançou nesta sexta-feira (21), Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, o Movimento nacional Diversidade Sim!, uma iniciativa pela defesa e ampliação de políticas afirmativas de diversidade, equidade e inclusão nos setores público e privado do Brasil.

 

A cerimônia de lançamento da campanha aconteceu no campus da universidade, em São Paulo, com a participação do reitor José Vicente, representantes da sociedade civil, lideranças do setor corporativo e instituições sociais e autoridades públicas comprometidas com a diversidade em todas as esferas da sociedade brasileira.

 

Trinta e duas empresas de diferentes setores aderiram ao movimento, entre elas, Ambev, Banco BV, Carrefour, Continental, Fenavist, Fleury, GPA, Itaú, Lobo de Rizzo, Magalu, MetroRio, Natura, Novelis, NTT Data, Renner e Volkswagen.

 

De acordo com José Vicente, que lidera o Movimento Diversidade Sim!, o objetivo imediato é criar uma campanha nacional de conscientização sobre a importância da diversidade, equidade e inclusão (DE&I) para a sociedade brasileira; a formação de uma rede nacional de instituições comprometidas com a proteção e promoção da agenda; e a criação de uma Frente Parlamentar de defesa da diversidade, equidade e inclusão no Congresso Nacional.

 

A proposta é o desenvolvimento de políticas e programas de formação e aprimoramento continuado para a formação e gestão em diversidade para líderes no mercado de trabalho público e privado no Brasil.

 

O compromisso também prevê a criação de um Índice Nacional Empresarial de DE&I e premiação para reconhecer as empresas, instituições e personalidades comprometidas com a agenda.

 

No lançamento, José Vicente afirmou ser fundamental a união do país para enfrentar a ofensiva antidiversidade nos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump. “O governo norte-americano tem aversão à equidade, diversidade e inclusão. Esse retrocesso ameaça os direitos conquistados no Brasil pelas populações LGBTQIA+, PCD, autista, negra, indígena. Muitas empresas norte-americanas que estão adotando a prática antidiversidade atuam em nosso país e exercem influências sobre o mercado brasileiro”, alertou

 

Para ele, o Brasil já está sofrendo os efeitos desse desmonte com empresas parando suas iniciativas de diversidade e encerrando recursos destinados ao desenvolvimento de ações de inclusão.

 

Claudionor Alves, diretor de Inclusão e Diversidade do Carrefour, ressaltou que a educação é o principal instrumento para promover ações afirmativas e transformações sociais. “Se gente não tiver coragem e compromisso, a gente não consegue mudar esse país. Precisamos, sobretudo, colocar esse compromisso em prática”, disse o executivo.

 

 

Foto: Divulgação/UniZumbi