É possível se sentir feliz na maior parte do dia? Para milhares de pessoas a resposta está diretamente ligada a vida pessoal e, claro, profissional. Dados de uma pesquisa da consultoria Robert Half apontam que 79% dos profissionais sentem-se, de modo geral, felizes com o seu trabalho e 89% das empresas sabem disso. Complementarmente, a Harvard Business Review mostra que, quando satisfeitos, os colaboradores são 85% mais eficientes e 31% mais produtivos. Mas, mesmo diante de números que comprovam a ligação entre felicidade e produção, ainda é um desafio para a maioria das empresas contribuír para que os colaboradores se sintam realizados. A Construtora Equilíbrio, no Paraná, decidiu olhar para o caminho inverso, entendendo a história de vida dos funcionários para conseguir promover a realização no ambiente profissional.

 

“Felicidade e realização são conceitos muito subjetivos e que não podem ser aplicados por meio de fórmulas”, diz a coach de carreira Raquel Zampier. Ela é a responsável por encabeçar o projeto da empresa que já apresenta números positivos. Há casos de colaboradores em que foi mensurada uma evolução de 30% na avaliação de desempenho, tendo como principal motivador a satisfação pelas atividades desenvolvidas.

 

Raquel iniciou na empresa prestando consultoria aos gestores e CEOs e foi internalizada pelo departamento de gestão de pessoas para ampliar o trabalho com todos os colaboradores. “Sabe a fórmula da personalização que é tão valorizada em produtos? Trouxemos isso para o ambiente corporativo lá em 2019 e seguimos até então. Os desempenhos que vêm aumentando são consequência de um olhar voltado para a forma de viver de cada um dos nossos colaboradores. Não existe a separação entre vida pessoal, social e profissional. E entender essa conexão faz absoluta diferença para auxiliar na busca do que realmente faça sentido para a realização de cada um”, argumenta ela

 

O equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional significa 62% do sentimento de felicidade do colaborador segundo a pesquisa da Robert Half, enquanto ser tratado com igualdade e respeito, significa 58%. “Muitas vezes os colaboradores não sabem como dosar a atenção para questões pessoais e profissionais. É papel da empresa auxiliar. A teoria da reciprocidade também funciona muito bem: se eu sinto que a empresa está preocupada comigo, consequentemente sou importante, faço a diferença e, também, serei mais comprometido com a minha entrega de trabalho”, diz Raquel.

 

Para Anna Paula Araujo, gerente de incorporação da Construtora Equilíbrio, o entendimento das emoções é o fator-chave para a realização em todas as esferas da vida. “Muitas vezes, nós mesmos não sabemos o que estamos sentindo. O que nos faz feliz e o que está impedindo de sentir felicidade. Por isso, recentemente promovemos um treinamento interno sobre comunicação não violenta com todos os colaboradores, desde a equipe tática das obras até o escritório corporativo para que, além do trabalho desenvolvido com a Raquel, elas também consigam dizer de forma correta, sem ultrapassar a barreira do outro, o que estão sentindo”, explica.

 

A Equilíbrio conquistou recentemente o selo do Great Place to Work como uma das Melhores Empresas para Trabalhar do Paraná. Essa é a primeira vez que a construtora participa da pesquisa

 

 

 

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