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19/01/2021 - 12h11

Salário continua sendo o principal critério para escolha de emprego

Pesquisa da Indeed também aponta que local de trabalho seguro entrou na lista de 2021

 

 

Para saber quais desafios são postos  às empresas e seus colaboradores no novo ano e entender as perspectivas para o mercado de trabalho, o site de empregos Indeed encomendou um levantamento à empresa de pesquisas Censuswide, que ouviu mais de mil funcionários e 250 empregadores no Brasil.

 

De acordo com os resultados, o salário continua sendo o primeiro critério procurado em um novo emprego: 64% dos entrevistados destacaram essa opção, que foi seguida de maior segurança no emprego, ou seja, a tão sonhada estabilidade, com 48% da preferência.

 

A pesquisa revelou ainda que, embora o trabalho a distância tenha crescido e seja essencial para alguns, apenas 10% dos trabalhadores têm no trabalho remoto o critério principal para mudar de emprego.

 

“A pesquisa mostrou que um local de trabalho seguro, que permita o distanciamento social, é um dos principais critérios para mudança de emprego para 15% dos entrevistados. As empresas tiveram e continuam tendo que se adaptar ao novo normal e agora essas adaptações, que demonstram o cuidado com o funcionário, podem ser cruciais para atrair novos talentos”, afirma Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil.

 

O aspecto de que o ambiente de trabalho deva ser seguro e permitir o distanciamento social é mais importante para as mulheres (17%) do que para os homens (13%).

 

De maneira geral, os cinco principais critérios que um novo trabalho deve preencher, na opinião dos entrevistados pela pesquisa:

 

  • Maior salário – 64%
  • Maior segurança no emprego – 48%
  • Melhor pacote de benefícios – 41%
  • Deve ser a próxima etapa na carreira – 23%
  • Perspectiva comercial positiva do empregador – 18,19%

 

CONTRATAÇÕES

Já do outro lado da moeda, quando os empregadores foram perguntados quais razões acham que serão as mais comuns para que novos talentos se juntem à sua empresa em 2021, o salário não foi o mais votado, mas sim uma maior segurança no trabalho, na opinião de 45% dos empregadores entrevistados.

 

Um maior salário, razão apontada por 30,68% dos empregadores, vem apenas em quinto lugar, atrás ainda de: melhor pacote de benefícios (38,65%), um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo (32,67%) e uma perspectiva comercial positiva do empregador (32,27%).

 

A pesquisa mostra que os empregadores estão otimistas com o clima de recuperação econômica e retomada das contratações: 22,71% disse que planeja contratar em volumes maiores do que antes da pandemia, enquanto 9% afirmou que provavelmente estará em um congelamento de contratações e apenas 2,79% disse que provavelmente irá dispensar funcionários.

 

Alguns dos setores que foram mais afetados ainda permanecem mais receosos, como é o caso do setor de Varejo, Catering e Lazer, em que 37% dos empregadores afirmaram que ainda permanecem muito incertos quanto ao recrutamento em 2021. Entretanto, de maneira geral 33,86% dos entrevistados disse que não terá problemas para atrair talentos se e quando precisarem.

 

“Também notamos que mesmo com um número alto de desempregados, a falta de mão de obra especializada ainda é um entrave para os empregadores: 17% deles afirmou que a escassez de mão de obra e competências ainda será um grande obstáculo para atrair novos talentos em 2021”, diz Calbucci.

 

No total, a pesquisa ouviu 14 mil funcionários e 3.500 empregadores nos seguintes países: Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália, México, Brasil, Estados Unidos, Irlanda, Austrália, Índia, Singapura e Canadá. No Brasil, foram entrevistados 1.067 trabalhadores e 251 empregadores. A pesquisa foi realizada em novembro de 2020 por meio de um painel online.

 

Foto de abertura: Pixabay