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01/02/2024 - 10h40

76% das mulheres não conhecem as novas medidas de transparência salarial, de acordo com a Todas Group

Empresas têm até 29/2 para entregar relatório que permitirá fiscalizar desigualdade de salário entre gêneros

 

 

Desde a semana passada, passou a ser obrigatório para as empresas com mais de 100 funcionários o preenchimento do relatório de transparência salarial e de critérios remuneratórios. A iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério das Mulheres atende ao que determina o Decreto nº 11.795/2023, publicado em novembro passado para regulamentar a Lei nº 14.611/ 2023, que estabelece a obrigatoriedade de igualdade salarial entre mulheres e homens.

 

A medida, em caráter experimental, permitirá que seja feita a fiscalização de uma possível desigualdade salarial entre gêneros. O prazo para preencher o documento vai até 29 de fevereiro.

 

A Todas Group, empresa de educação corporativa focada em carreira feminina, fez uma pesquisa a respeito do tema e, de acordo com o levantamento, 76% das 600 mulheres entrevistadas indicaram que não sabiam da nova medida adotada pelo governo federal. Uma expressiva maioria – 86% – considerou positivo o relatório de transparência salarial; 12% não souberam opinar e apenas 2% consideram negativo.

 

Entre as mulheres que trabalham em empresas com mais de 100 colaboradores, 64% indicaram que não sentiram diferença sobre mudanças de salários ou funções desde que a lei foi sancionada, em julho do ano passado. Entre as mulheres que estão em empresas com menos de 100 colaboradores, o número aumentou para 68%.

 

DADOS DOS EUA

Em pesquisa realizada no ano passado com mulheres americanas em variados cargos e posições, 67% sabiam quantas pessoas que ocupavam a mesma função em outras empresas recebiam de remuneração. Outro dado: 78% das mulheres têm líderes femininas em suas companhias que as inspiram a prosperar profissionalmente.

 

A pesquisa entrevistou mulheres mentoradas pela Todas Group nos Estados Unidos, com idade entre 18 e 45 anos, residentes em cidades como Nova Iorque, Nova Jersey e Los Angeles e mostrou também que 87% das participantes acreditam que a lei de transparência salarial americana foi importante para seus ganhos atuais e ajuda na equidade salarial de gênero. Já 89% das mulheres preferem receber conselhos e mentoria de outras mulheres em momentos de desafios na carreira.

 

No Brasil, a pesquisa realizada pela Todas Group foi feita no formato virtual e entre as mulheres entrevistadas estão mentoradas do programa e mulheres que já tiveram algum tipo de interação com a Todas Group.

 

 

Foto: Shutterstock