31/01/2025 - 12h36
Movimentos da geração Z modificam o mercado de trabalho e desafiam as empresas
Conheça os cinco novos perfis de carreiras hoje encontrados nas organizações
Carreira paralela ou em Y são alguns dos novos processos de desenvolvimento dos profissionais hoje vistos nas empresas por conta dos diferentes perfis de colaboradores. Parte deles ganha evidência diante de movimentos, vontades e interesses que aparecem junto com novas gerações e impactam as organizações.
Uma pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgada ano passado, apontou que a média de permanência de uma pessoa no mesmo emprego foi de dois anos em 2023, o que demonstra como o comportamento já tem ganhado espaço. Em profissionais da faixa etária entre 18 e 24 anos, o tempo é ainda menor, cerca de nove meses.
“É comum pessoas de gerações anteriores a Z ficarem muitos anos em uma empresa para manter a reputação e também pela cultura de mercado. É um processo linear. Hoje, vemos novos trabalhadores que não se incomodam em mudar de emprego quando buscam algo que não encontram nos lugares em que atuam como, por exemplo, melhores oportunidades de carreira e benefícios, maior segurança, flexibilidade no trabalho com os modelos home office ou híbrido, entre outras questões, o que traz novos desafios aos empregadores”, analisa Caio Cruzeiro, consultor da Ynner Developing People, empresa de T&D.
Para lidar com esse desafio, uma das recomendações do executivo é conhecer e criar ambientes para que os novos tipos de desenvolvimento de carreira sejam explorados. “Há um mix geracional de colaboradores, baby boomers e gerações X, Y e Z em atuação, e as empresas precisam entender isso para ter sucesso”, destaca especialista.
Além de considerar mudanças no conceito de emprego, é importante que empresas busquem compreender a forma como a geração Z tem lidado com o mercado de trabalho e quais são as suas projeções. Caso contrário, garante Caio, ficarão para trás.
OS CINCO TIPOS DE CARREIRAS
Carreira em linha
Conhecida por ser a trajetória profissional mais tradicional. O processo é construído pelo nível de experiência, do júnior ao especialista, conforme o tempo de atuação na mesma área. A pessoa pode mudar de empresa algumas vezes, mas tende a ter uma carreira mais estável e se mantém mais tempo nos cargos.
Carreira paralela
Processo em que o profissional escolhe mudar de área. Movimento que, de acordo com Caio, tem se tornando cada vez mais comum.
Carreira em Y
Ocorre quando um especialista se torna um líder da área em que atua ou de outra. A ponta esquerda do “Y” representa a carreira em linha e a ponta direita, a carreira de liderança.
Carreira em W
É a que apresenta mais variação. Além do especialista e do líder, a “W” também comporta a posição de liderança por influência. “Cada profissional pode ter uma equipe direta e pequena e o papel principal é liderar, por influência, outras pessoas na organização. Quem se encontra nesse tipo de carreira pode, inclusive, ter uma posição alta na hierarquia da organização, mesmo sem ter um time de profissionais reportando diretamente a ela”, explica o consultor.
Carreira em rede
Já é realidade em grandes organizações e acontece quando o profissional passa por diferentes áreas. Trata-se de uma pessoa que passa, por exemplo, por Marketing, Vendas, Estratégia ou mesmo RH durante a carreira e se torna um executivo de sucesso.
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