09/10/2024 - 18h08
A popularização dos sites de apostas e as ameaças que eles podem representar ao RH
Assim como acontece com a saúde mental, a saúde financeira dos colaboradores requer atenção das empresas
Nos últimos anos, a incidência de plataformas de apostas esportivas on-line, os chamados "bets", vem crescendo de forma significativa e se tornando tema recorrente de manchetes nos mais diversos meios de comunicação. A verdade é que, apesar de se venderem como uma diversão, podem se tornar uma grande dor de cabeça para quem arrisca a própria sorte em busca de "soluções rápidas" para os problemas financeiros. Um estudo recente do Banco Central mostrou que até mesmo recursos destinados a programas sociais estão sendo gastos nesses sites de apostas. O Governo Federal, inclusive, já estuda medidas para impedir a prática.
O que para muitos começou como uma atividade de lazer, já está impactando no orçamento de milhares de famílias e pode se transformar em um pesadelo para as empresas. Com o aumento do endividamento, muitos trabalhadores entram em um ciclo vicioso onde o sonho de ganho rápido é confrontado com a dura realidade das dívidas acumuladas.
Sob o ponto de vista de gestão de pessoas, a questão acende o sinal de alerta. Um trabalhador com problemas financeiros não sofre apenas consequências no campo pessoal. Esse desequilíbrio emocional e financeiro tende a reduzir a capacidade produtiva e a aumentar o absenteísmo. Pior ainda, em casos extremos, pode levar a problemas graves de saúde, como depressão e ansiedade, que também impactam nos níveis de desempenho, afetando a produtividade individual e da empresa.
Além das consequências diretas sobre o indivíduo, problemas de saúde financeira podem afetar o ambiente de trabalho como um todo. A queda na produtividade de um colaborador, especialmente em equipes pequenas ou em setores-chave, tende a criar sobrecarga nos colegas e prejudicar o desempenho geral. Outra preocupação ainda mais grave é quando o colaborador endividado chega a contratar empréstimos consignados, antecipação de pagamentos de forma recorrente ou até mesmo recorrer a ajuda com recursos de colegas como solução de curto prazo ou para continuar com o vício plataformas de apostas.
Por isso, as empresas têm um papel fundamental na saúde financeira e prevenção do endividamento dos seus colaboradores. É essencial que as áreas de Recursos Humanos estejam atentas a essa realidade e busquem alternativas para promover uma educação financeira adequada. Programas de orientação e capacitação podem ajudar os colaboradores a compreenderem melhor como gerenciar suas finanças pessoais e evitar armadilhas como as plataformas apostas on-line. Outra forma de incentivo que as empresas podem oferecer para seus colaboradores são opções de investimentos com o desconto direto na folha, como os planos de previdência privada.
“Nos últimos anos as empresas vêm adotando boas práticas em prol da saúde mental e física de seus colaboradores, oferecendo campanhas de conscientização, eventos internos e até mesmo benefícios para uso de academias e prática de atividades esportivas. O nítido interesse do brasileiro nos jogos de azar, é um sinal de alerta para que a saúde financeira seja também contemplada nos programas corporativos o quanto antes”, declara Eduardo Roche, gerente de investimentos do Infraprev, uma das 50 maiores entidades fechadas de previdência complementar do país, com uma carteira R$ 4,2 bilhões em recursos administrados.
O Instituto oferece uma série de soluções personalizadas e planos de previdência desenhados de acordo com o tamanho e as limitações orçamentárias de cada empresa, assim como programas voltados à educação financeira dos participantes. Esses planos de benefícios, além de garantir uma poupança de longo prazo com foco na aposentadoria, apresentam uma série de vantagens já na fase de acumulação como como os incentivos fiscais concedidos pela Receita Federal.
O Brasil enfrenta um desafio de reverter o baixo nível de educação financeira da população, o que gera consequências na gestão do orçamento familiar e no endividamento das famílias. Com uma cultura de consumo exacerbado e a crescente facilidade de acesso ao crédito, muitos brasileiros têm dificuldade em planejar as finanças pessoais. O resultado é um número crescente de pessoas superendividadas, que muitas vezes não conseguem mais arcar com as despesas do dia a dia como o simples pagamento de água, luz, escola. Segundo dados do Banco Central, cerca de 60% dos brasileiros estão endividados, um reflexo de hábitos financeiros pouco saudáveis e da falta de conhecimento sobre o manejo do dinheiro.
A situação é ainda mais preocupante quando se considera o impacto social desse cenário. O endividamento excessivo leva a um ciclo vicioso de estresse, problemas de saúde mental e dificuldades nas relações familiares. Além disso, a falta de planejamento financeiro compromete o acesso a oportunidades, como a compra da casa própria ou a planejamento da aposentadoria no futuro.
Os números são alarmantes. No ano passado, apenas 30% dos brasileiros investiram em produtos financeiros, de acordo com a 7ª edição do Raio X do Investidor, estudo produzido pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capital (Anbidima) em parceria com o instituto de pesquisa Datafolha. Por outro lado, o Raio X mostrou que 14% da população colocou dinheiro em bet no mesmo período, sob o argumento de “ganhar dinheiro rápido” e de “ganhar muito dinheiro de uma vez”.
Iniciativas de educação financeira têm surgido em diversas instituições, com o objetivo de promover o conhecimento sobre orçamento, poupança e investimentos. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer. A inclusão da educação financeira no currículo escolar e programas de capacitação para adultos são passos fundamentais para reverter essa realidade.
"É essencial que a população entenda a importância de ter um planejamento financeiro e de como isso pode influenciar diretamente na qualidade de vida", afirma Roche. "A educação financeira é uma ferramenta de empoderamento que pode transformar a vida das pessoas e a participação das empresas é fundamental."
Ao promover a educação financeira e oferecer soluções acessíveis, as organizações ajudam seus colaboradores a evitarem o endividamento excessivo e a construir uma aposentadoria mais estável e segura, com a consciência de que a saúde financeira não se estabelece por meio de apostas ou promessas de ganhos rápidos, e sim com planejamento e uma gestão de confiança.
Mais do que uma responsabilidade ética, investir na saúde financeira dos colaboradores é uma estratégia inteligente para as empresas. Um trabalhador que se sente seguro financeiramente é mais propenso a ser produtivo e a permanecer na organização, contribuindo para um ambiente de trabalho mais positivo e colaborativo.
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