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Saúde e Bem-Estar

25/06/2024 - 19h34

Oito em cada dez profissionais de RH estão com altos níveis de sobrecarga no trabalho

Estudo da Flash também apontou que 65% enfrentaram algum problema de saúde mental no último ano

 

Um estudo recente conduzido pela Flash, plataforma de gestão da jornada de trabalho, revelou que 82% dos RHs estão com altos níveis de sobrecarga no trabalho. A pesquisa Panorama da Saúde Emocional dos RHs, realizada entre abril e maio, ouviu 924 profissionais de RH.

 

Entre os principais motivos da sobrecarga estão a crescente pressão por resultados e a estratégia de redução de custos operacionais, que têm imposto uma carga adicional sobre esses profissionais. A introdução de tecnologias como inteligência artificial também foi citada como fator para o aumento do estresse. Apesar de o índice ser muito alto, é 8% inferior na comparação com 2023.

 

O estudo aponta, ainda, que 65% dos RHs enfrentaram algum problema de saúde mental no último ano, sendo a ansiedade (42%) o transtorno mais citado, seguido de falta de motivação (16%), burnout (4%) e depressão (3%).

 

Além disso, mais de um terço (34%) diz sofrer pressão diariamente ou semanalmente e 30% afirmaram sofrer pressão no fechamento do mês – o número é 14% maior do que o registrado em 2023.

 

Guillermo Gomez, vice-presidente da Flash, diz que a pressão sobre os profissionais de RH tem se intensificado nos últimos anos. "É crucial que as empresas reconheçam não apenas os desafios operacionais estratégicos, mas também os seus impactos na saúde emocional desses profissionais.”

 

A sobrecarga é particularmente sentida na média gerência, na qual supervisores (24%), coordenadores (15%) e gerentes (22%) enfrentam o desafio de equilibrar demandas operacionais com responsabilidades estratégicas, o que pode comprometer tanto a eficiência quanto o bem-estar pessoal.

 

Apesar dos desafios identificados, a pesquisa destacou uma lacuna significativa no suporte oferecido pelas organizações aos profissionais de RH. Apenas 40% dos entrevistados relataram receber algum tipo de incentivo ou benefício corporativo relacionado à saúde mental.

 

Segundo Guillermo, para ser estratégico e persuasivo ao apresentar a questão da saúde mental para o CEO e demais executivos, os diretores de RH e as demais lideranças da área precisam usar a linguagem dos números.

 

"Ao apresentar dados claros e mensuráveis sobre o impacto da saúde mental, o RH pode destacar não apenas os aspectos humanitários, mas também os benefícios financeiros de investir na promoção do bem-estar psicológico dos funcionários. Isso não só reforça a importância da saúde mental como uma prioridade, mas também demonstra a sua relevância estratégica para o sucesso da organização", finaliza o executivo.

 

 

Foto: Shutterstock